sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Parte IX - TEATRO DE BOLSO - Ipanema





José  Silveira Sampaio fundou, em 1947, o Teatro do Leme, situado na Avenida Atlântica, em Copacabana.
Nesse local fez algumas apresentações de suas peças, porém permaneceu por pouco tempo e logo se transferiu para Ipanema, onde fundou o  Teatro de Bolso.

No Teatro do Leme eu atuei como iluminador e tive a oportunidade de conviver com alguns atores ilustres, entre os quais: de saudosas lembranças, Paulo Francis e Napoleão Muniz  Freire e outras destacadas personalidades do teatro carioca.



Silveira Sampaio inaugurou em 1948, o Teatro de Bolso e estreou com a peça de sua autoria "A vida imita a arte".

O teatro situava-se na  Praça General Osório, na Rua Jangadeiros nº 28, uma pequena loja adaptada, onde  os camarins situavam-se no subsolo.

Num estilo bem carioca, começou a encenar suas próprias peças e obteve grande sucesso:

“Da Necessidade de ser Polígamo” - 1949
“Garçonnière do Meu Marido” - 1949
“Deu Freud Contra” -1953

Uma sofisticada trilogia de comédias cuja temática era marcada pela sátira à psicanálise, sobretudo em “Deu Freud Contra”. Freud era o tema da moda e ótimo gancho que Silveira Sampaio bem soube aproveitar.

Praça Gral. Osório - Rua Jangadeiros - Ipanema
À esquerda no  nº 28,  local onde existiu o Teatro de Bolso,
hoje funciona um restaurante.

Eis as demais peças apresentadas por Silveira Sampaio no Teatro de Bolso, entre os anos de 1948/1952:

1948 - Peça: "A inconveniência de ser esposa"
1948 - Peça: "Um homem magro entra em cena"
1949 - Peça: "Paz entre os bichos de boa vontade"
1950 - Peça: "O Impacto"
1950 - Peça: "Só o Faraó tem alma"
1951 - Peça: "Flagrantes do Rio n.º 1"
1951 - Peça: "Triângulo Escaleno"
1952 - Peça: "Flagrantes do Rio, n.º 2"

A partir de 1954 afastou-se do teatro e ingressou na TV.
Silveira Sampaio nasceu no Rio de Janeiro no ano de 1914 e faleceu em 1964.

Um comentário:

Profª Sheila Suzano disse...

Um blog para iluminar a cena teatral brasileira. Mais do que necessário.

Parabéns Manekolopp.

Abraços da Sheila