ARTISTAS NEGROS DE PRIMEIRA GRANDEZA
Revelações do TEN - Teatro Experimental do Negro
Ruth de Souza
Ruth Pinto de Souza, a Grande Dama da Dramaturgia Nacional, nasceu no Rio de Janeiro no dia 12 de maio de 1928.
É filha de pai lavrador e mãe lavadeira, quando ainda na infância, mudou-se com a família para uma fazenda no interior de Minas Gerais, aos nove anos, após a morte do pai retornou ao Rio de janeiro.
Em 1940, aos 12 anos, convidada por Abdias Nascimento ingressou no TEN - Teatro Experimental do Negro.
Ruth de Souza foi uma das primeiras atrizes negras brasileiras a ser reconhecida por seu trabalho no teatro, cinema e televisão; a primeira atriz negra a representar no Teatro Municipal do Rio de Janeiro; quando aos 17 anos, estreou com o grupo do Teatro Experimental do Negro, na peça O imperador Jones, de Eugene O’Neil.
Em 1948, Ruth de Souza fez sua primeira participação em cinema. Foi indicada por Jorge Amado para participar do filme Terra violenta, baseado no livro do escritor, Terras do Sem-fim, dirigido por Tom Payne.
Nesse mesmo ano, foi indicada por Paschoal Carlos Magno para receber bolsa de estudos da Rockfeller Foundation e foi estudar na Howard University, uma universidade exclusiva para alunos negros em Cleveland, Ohio.
Em Washington, frequentou a escola de teatro Karamu House e atuou no teatro amador.
De volta ao Brasil, participou da fundação da Rede Globo, onde permanece até hoje como artista exclusiva.
Ruth de Souza
Segundo suas palavras, Ruth afirma que:
"O que sempre me moveu foi a paixão pelo cinema, pelo teatro, além de muita força de vontade e determinação. Temos que acreditar em nós mesmos e seguir em frente, porque ser negro não é desculpa para nada".
Haroldo Costa - 1930
Haroldo Costa nasceu no ano de 1930, Rio de Janeiro.
Na década de 50, frequentou o Teatro Experimental do Negro e estreou como
ator na peça "O Filho Pródigo", de Lúcio Cardoso.
Haroldo Costa foi
um dos fundadores da “Companhia de Dança Brasiliana” e durante cinco anos excursionou
pelo mundo atuando nesse grupo como diretor artístico e bailarino.
De volta ao Brasil em 1958, interpretou o “Jesus” na peça
"O Auto da Compadecida", de Ariano Suassuna, em duas temporadas
seguidas. A primeira no Teatro Jardel de Copacabana e a segunda no Teatro
Dulcina, no centro do Rio de janeiro.
Em 1962, à convite de Vinicius de Moraes, atuou na peça
"Orfeu do Carnaval".
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